Renuncio às palavras
e às explicações
Ando pelos contornos,
onde todos os significados
são sutis, são mortais.
Não quero perder o momento belo.
Quero vivê-lo mais,
com a intensidade que exige a vida:
desgarramento e fulguração.
Então me corto ao meio e me solto de mim:
a que se prende, e a que voa,
a que vive, e a que se inventa.
Duplo coração:
a que se contempla e a que nunca se entende,
a que viaja sem saber se chega
-mas não desiste jamais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário