sexta-feira, 18 de junho de 2010

Sintaxe à vontade

Sem horas e sem dores, respeitável público pagão. A partir de sempre todo sujeito é livre pra conjulgar o verbo que quiser, todo verbo é livre pra ser direto ou indereto. Nenhum predicado será prejudicado, nem tampouco a vírgula, nem frase, nem a crase e ponto final. Afinal, a má gramática da vida nos põe entre pausas, entre vírgulas, e estar entre vírgulas pode ser aposto. E eu aposto o oposto, que vou cativar a todos sendo apenas um sujeito simples, sujeito e sua oração, sua pressa, sua prece. Que enxerguemos o fato de termos acessórios para a nossa oração, separados ou adjuntos, naminais ou não, façamos parte do contexto, sejamos todas as capas de edição especial, mas, porém, contudo, entretanto, todavia, sejamos também contra a capa, porque ser a capa e ser contra a capa é a beleza da contradição, é negar a si mesmo e negar a si mesmo é muitas vezes encontrar-se com Deus... com o teu Deus. Sem horas e sem dores, que nesse momento cada um que se encontra aqui agora, um possa se encontrar no outro e o outro, num, até porque tem horas que a gente se pergunta: por que é que não se junta tudo numa coisa só?

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